Começa a roçar o ridiculo o Benfica ainda não ter usufruido de qualquer penalti nesta Liga. Isto por si só já influência e de que maneira a classificação do campeonato. No Influência Arbitral está lá este post que explica muito bem como o campeonato poderia ser diferente nesta altura.
Mas se os penalties têm uma grande influência na classificação, a forma como os árbitros conduzem as partidas por vezes ainda é pior. Já há muito tempo que falo aqui da cartilha arbitral. Um padrão que ocorre na esmagadora maioria dos jogos do Benfica e que consiste em retardar ao máximo os amarelos aos nossos adversários. E mesmo nas raras ocasiões em que os cartões saem cedo, na sua maioria são para jogadores ofensivos do adversário. Quase nunca em médios centros ou na defesa (especialmente laterais).
É por isso que decidi verificar o número de amarelos desta época.
Tal como nos penalties é ridiculo como uma equipa como o Benfica recebe mais cartões amarelos do que os adversários ao fim de 19 jornadas. Em 4 jogos não houve qualquer amarelo a adversários (Porto teve um jogo e o Sporting nenhum). Em 8 jogos levou mais amarelos que os adversários, em 4 teve o mesmo número e apenas em 7 o adversário recebeu mais amarelos. Os adversários do Porto levaram mais 14 amarelos em relação aos adversários do Benfica e os do Sporting mais 26!! O Sporting até pode argumentar que é a equipa que mais amarelos recebe mas é curioso que 21 dos 53 amarelos que recebeu (40%) foram nos últimos 15 minutos de jogo.
E pegando nesse detalhe do tempo de jogo a que os amarelos são mostrados.
Os números demonstram o que eu tenho falado sobre a cartilha arbitral. Retardar ao máximo os amarelos aos adversários do Benfica. Apenas 13 mostrados na primeira parte contra os 20 e os 30 de Porto e Sporting respectivamente. Nos primeiros 30 minutos ainda é mais evidente. 6 contra 11 do Porto (dobro) e 18 do Sporting (triplo).
Esta é uma das razões para o Benfica ter dificuldades em criar oportunidades de golo com equipas fechadas. Sempre que o Benfica entra com a bola numa zona de perigo é travado em falta (muitas vezes nem são marcadas) e sem cartões. Nem mesmo com a repetição de faltas os amarelos saem. Os adversários do Benfica conseguem passar o jogo inteiro a usar esta estratégia pois não têm jogadores condicionados com amarelos. Agora comparem com as situações de Porto e Sporting que têm respectivamente o dobro e o triplo dos jogadores adversários condicionados a partir da meia hora de jogo. Um caso gritante desta dualidade de critérios até falei num post (Hugo Miguel no Boavista vs Benfica e 5 dias depois no Guimarães vs Sporting).
O Benfica tem de começar a falar disto. A mostrar estes dados. Já chega desta merda. Até para defesa dos jogadores que são quem passa 90 minutos a apanhar pancada.
O que mais escandaliza nisto é que isto não é novidade nenhuma...
ResponderEliminarO Benfica? O Benfica está sem rumo, e nós benfiquistas orfãos.
ResponderEliminarViva o Benfica
O que mais escandaliza ainda é a permissividade e conivência da estrutura que nada faz de palpável, de posição de força para alterar o paradigma.
ResponderEliminarSinal claro de que é para continuar até que matemáticamente ou lá perto, os dois primeiros lugares estejam entregues aos dragartos!
Aí, alguém vai rabiar só para dar que sim!
Missão cumprida!
Arquivem-se mais uns processos contra o dito cujo por bons serviços prestados à indústria.
Aumente-se a chularia da estrutura pelo bom papel representado!
Indeminize-se o pastilhas pela ajuda à eleição e boa viagem para os Brasis!
E quantas expulsões tem o Benfica à presente data?. não te dá jeito fazer esse exercício?.
ResponderEliminarMais um bom trabalho, PluribusUnum7, na linha daquele que tem sido feito aqui para desmistificar as qualidades do Weigl, (que na minha opinião até está a evoluir), e em linha também com o trabalho do Influência Arbitral.
ResponderEliminarSe queremos ser intelectualmente honestos, temos que concordar que ao amarelarem os adversários do Benfica em média mais tarde do que fazem com Porto e Sporting, estão a permitir que as equipas em média possam ser mais duras connosco do que com os outros dois. E se a isso associarmos o facto de proporcionalmente o nosso rácio de cartões recebidos vs cartões aos adversários, ser pior do que o dos nossos rivais, então temos aqui mais um indício de desigualdade de tratamentos.
Claro que as coisas não são assim 100% claras, lembro-me de há muitos anos atrás a Leonor Pinhão ainda na Bola ter feito referência a um estudo enviado por estudantes de Matemática e/ou Estatística, em que estes "provavam" que a melhor maneira de assegurar que os jogadores do Porto não eram expulsos e mantivessem a agressividade, era amarelando-os relativamente cedo, como os árbitros não queriam "estragar o espetáculo" com expulsões, passavam o tempo todo a avisar os jogadores do Porto que da próxima levavam mesmo o segundo amarelo, o problema é que na falta dura seguinte eles avisavam que agora é que era mesmo a última, e assim passavam os jogos com eles sempre a darem pau e sempre a levarem o último aviso.