quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Um dia irão aceitar.

As boas noticias do jogo em Tondela foi aquele quarteto do meio-campo para a frente. Everton, Rafa, Gonçalo Ramos e Darwin. Um quarteto para quem eu olho e reconheço capacidade para vencer um campeonato com eles a titulares. Infelizmente só os voltaremos a ver juntos não mais do que uma dezena de vezes.

Já o disse aqui antes. O Benfica sempre se deu melhor com o 4-4-2. Não precisa de ser estanque. Pode mudar em determinados jogos. Mas o sistema principal deve ser esse. Os jogos menos maus da era Verissimo foram neste sistema a jogar com Gonçalo Ramos no papel de segundo avançado.

O problema é que com este meio-campo não chega. E bastou ver as avenidas que os jogadores do Tondela tiveram (tal como os do Porto, Paços, Moreirense, Boavista, ...). Bastou ver como uma bola parada noutro contexto pode ser fatal (lembram-se o jogo com o Portimonense?).


Em cima estão mais 2 momentos do nosso menino especial. Um momento "corre Almeida, CORREEEEE..." (imaginem em quantos artigos de jornais online já estava se fosse com outro). Aquela jogada é toda Weigl. Recebe um presente do jogador do Tondela e até se assustou. A facilidade de transformar a jogada numa oportunidade de golo para nós era tanta que o alemão rejeitou. Era fácil demais para ele. Depois tem uma grande abordagem para tentar recuperar a bola e ainda recua a uma velocidade estonteante ficando a observar um jogador sozinho na zona de penalti. Tivesse a bola lá entrado e o Tondela tinha reduzido para 2-1 no inicio da segunda parte. E assim do nada um jogo fácil ficava logo tremido. Aquela correria de Weigl demonstra também que o discurso de Rui Costa surtiu efeito em todos menos nele. No entanto como tem imunidade neste Benfica ninguém leva a mal. Talvez só os colegas. Mas que importãncia é que isso tem?

O segundo momento é uma jogada que parecia de um jogo de escolinhas. O menino Grimaldo a não chegar a bola e a falhar o cabeceamento, o menino Weigl a encolher-se porque a bola vinha na sua direção e o menino Eduardo a empurrar a bola para dentro da baliza. 2022 e o titular indiscutivel do Benfica encolhe-se nos cantos com medo de levar com a bola.

Pelo meio ainda perdeu mais uma dezena de bolas. Uma delas que deu em contra-ataque do Tondela. Mas como não deu em nada e não aparece nos resumos está tudo bem. Continua-se a dizer que é o mestre do passe e ignora-se que nos ultimos anos foi o jogador cujas perdas de bola resultaram em mais golos adversários. Tem destas perdas de bola aos pontapés mas sempre devidamente abafadas.

Resumindo, tudo o que ele fez neste jogo já o fez em outros. Bolas paradas, perdas de bola e recuperações a passo. Exatamente as mesmas coisas que se vê neste video.

Para o próximo jogo fica a dúvida sobre o que irá Verissimo experimentar desta vez. Já tivemos o 4-4-2 com Weigl e João Mário. 4-4-2 com Weigl e Paulo Bernardo. 4-1-3-2 com Weigl, João Mário, Paulo Bernardo e Rafa. O 4-3-3 com Weigl, João Mário e Paulo Bernardo. O 4-3-3 com Weigl, Meite e João Mário. O 4-3-3 com Weigl, Meite e Paulo Bernardo. A constante já todos sabemos qual é. O único jogador titular neste consolado Verissimo que nem com um jogo controlado e com 5 substituições para fazer sai uns minutos de campo.

Para finalizar deixo aqui uma imagem com uma citação de um filosofo alemão (a ironia).

Para quem, como eu, tem tentado mostrar que Weigl foi o click que atirou o Benfica para esta crise desportiva profunda, certamente já experienciou isto. Esta ideia é constantemente ridicularizada e violentamente atacada. Daqui a 4 ou 5 anos será uma ideia partilhada pela maioria dos Benfiquistas. Será é já tarde demais. Algo interessante deste filosofo é também este livro.

12 comentários:

  1. Obrigado PluribusUnum7 por contra tudo e todos lutar contra a vergonha que é termo essa menina alemã no clube. Tu e o Coluna são os unicos que consigo ler. Tento fazer a minha parte.

    P.S- Já agora querem ver o que é um 6 a serio vejam o jogo das nossas meninas com a Lagartagem e vejam a nossa Pauleta. Digo já sem me enganar apostava tudo o que tenho se jogasses a menina alemã mesmo contra mulheres perderiamos o jogo facil, facil

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Elas não se encolhem quando vêm uma bola direita a elas num canto. Já ajuda.

      Eliminar
  2. Um dia... Mas com pelo menos dois anos e meio de atraso.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A cada dia que passa maior vai ser o tempo para recuperar. É que para o ano já se percebeu que vai sair Darwin (com alguma coisa lhe temos de pagar o ordenado) e duvido muito que vá haver Rafa e até Everton.

      Depois aí já vão começar a ter razão quando começarem a falar que noutras posições é que somos curtos.

      Eliminar
  3. Weigl é um autêntico cancro na equipa e deu cabo do balneário assim que chegou.

    Mas há uma coisa intrigante nesta história.
    Bruno Lage meteu-o na equipa e nunca mais o tirou, foi com ele até ao desastre.
    Jesus, tirou-o a seguir ao PAOK, meteu o Gabriel e a equipa foi ganhando os jogos (até à eleição do Vigarista). Voltou a metê-lo e foi o que se viu. Esta época a mesma coisa.
    Veríssimo mexe em todo o meio campo mas deixa lá sempre a menina.

    Porquê? Não acredito que não vejam o mal que faz à equipa e o quanto contagia os colegas.
    Há indicações de cima para o porem a jogar? Mas até a direção já mudou.

    O que faz os treinadores do Benfica apanharem um comboio que sabem ir bater numa montanha?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Com o Lage tudo começa na forma como o meteu a titular praticamente sem treinar. Lage sempre foi um treinador com o discurso focado na importância do treino. E depois cagou nisso tudo e meteu-o logo na equipa sem treinar. Algo curioso é que tal como o Verissimo também o Lage andou a mexer de jogo para jogo para acomoda-lo na equipa. Agora ninguém se lembra mas o Weigl jogou em 4-4-2 com Gabriel, com Taarabt e com Samaris. Jogou em 4-4-1-1 com Gabriel/Taarabt e Samaris/Taarabt. E mesmo nas alas e no ataque fomos alterando Cervi, Rafa e Chiquinho. Nada resultou e foi de vela. Quando o normal era dar um passo atrás pelo menos até ao final da época e no máximo voltar a tentar na seguinte. E depois ainda temos aquelas escutas entre ele e o Mendes em que apesar de não ser ele a dizer que o jogador é um mono também não parece que tenha refutado a ideia quando Mendes o disse.

      A seguir vem o Verissimo que na primeira passagem, num Benfica vs Guimaraes, o teve de tirar aos 30' porque podia ter sido expulso em 2 ocasiões. Quando o foi cumprimentar ficou de mão estendida. Vencemos esse jogo e goleamos no seguinte (estava castigado). Algo que não acontecia desde que tinha chegado. Um jogador normal nesta situação perdia a titularidade até voltar a ter uma oportunidade mas ele foi logo titular no jogo seguinte como se nada se tivesse passado. Nesta passagem do Verissimo é o que vemos. Experiências e mais experiências só não mudando uma peça.

      Depois vem para mim o caso mais intrigante que é o de JJ. Eu desde o inicio sabia que não era o tipo de jogador que ele gosta e mais tarde veio confirmar-se com o que disse sobre ele. Faz-me confusão como é que o meteu a jogar. Ainda mais quando o tirou e a equipa respondeu sempre melhor sem ele. Mas incompreensivelmente começou a coloca-lo outra vez. Em 2 meses fomos de vela em todas as competições em que jogou (só não fomos na Taça porque não fez nenhum jogo até a final).

      Depois de tudo perdido ainda abdicou do seu 4-4-2 e passou a jogar numa tatica que só esporadicamente tinha usado nos últimos 20 anos da sua carreira. E a verdade é que nestes 2 ultimos anos jogando com Weigl a titular este sistema foi o que melhores resultados deu. Mas mais uma vez foi curto.

      Enfim. Tudo em torno de Weigl é um mistério. Só o facto de se falar tanto nele entre Benfiquistas mostra que existe alguma coisa que não bate certo.

      Um dia talvez fiquemos a saber de tudo. Eu tenho poucas duvidas que alguma coisa no contrato nos obriga a ter de o meter a jogar. Nos últimos 3 jogos nem sequer foi substituido em situações que normalmente seria. Nos 2 primeiros (contra Sporting e Gil Vicente) para o tirar do meio-campo saiu um central e ele recuou para lá e neste ultimo com o jogo controlado e com 5 substituições também lá ficou. Chegaram a entrar 2 médios mas passamos para o 4-3-3 quando a jogar com 1 a mais podiamos manter o 4-4-2 e tentar marcar mais 2 ou 3 golos para ganhar confiança.

      Talvez um dia tenhamos as respostas a todas estas duvidas.

      Eliminar
    2. Será que é uma obrigação contratual?
      O Jesus tirou-o durante uns jogos, depois do PAOK.
      Aqui há uns tempos veio na comunicação social qualquer coisa sobre ele ganhar 100 000€ a cada não sei quantos jogos.

      Isto realmente é um pesadelo. Um clube estar refém de um jogador que ainda por cima dá cabo da equipa.
      Até o Futre já escreveu artigos sobre o facto de o Benfica precisar de um trinco a sério.
      Bem, se formos a ver, o Benfica está cheio de lagartos e sabe-se lá se não tem lá porquistas também.
      Não me admirava que fosse Soares Oliveira a influenciar.

      Isto só tem uma solução. O Rui Costa despachá-lo de borla.

      O Rui já se sente acossado.
      Depois do Gil Vicente já percebeu que não tem nada garantido.
      A partir desse dia a comunicação do Benfica mudou.
      E eu temo que venhamos a ter algumas benesses, agora que o campeonato está perdido. E para virem com o discurso que o Benfica é beneficiado.
      O capo certamente quererá abraçar o Rui Costa mais algumas vezes.
      Dá-lhe jeito ter um banana à frente do Benfica.

      Enfim, isto é um filme de terror.

      Saudações benfiquistas.

      Eliminar
    3. Bem visto, Anónimo. E podemos reforçar essa ideia com o facto de que o nosso melhor período nesta época foi mesmo o início, em que Jorge Jesus fez uma grande rotatividade na equipa. Curiosamente até o próprio Weigl pareceu mais solto, o que dá alguma razão aos seus "adoradores". Aliás, embora se note já uma clivagem no Benfiquismo, com uma facção "adoradora de Weigl", e outra mais ou menos "anti Weigl" (grupo no qual me incluo), não acredito que sinceramente alguém o considere um "coxo" (eu não o considero). O que nos "passa" a todos é o protagonismo e proteccionismo que ele tem ao nível de um João Pinto, de um Simão, e poucos mais jogadores. Mas se nos casos do João Pinto, Simão, e outros, os atletas justificavam esse estatuto, no caso do Weigl é por demais evidente que não justifica.

      Agora posto isto é que entramos na "Teoria da Conspiração" em que eu entrei aqui há um ou mais posts atrás. Os tais 10 mil euros por jogo (a serem verdade), ajudam (ou ajudariam) a pagar a tal "guarda pretoriana" de que o atleta goza junto do Benfiquismo. E esses mesmos hipotéticos ou alegados 10 mil euros, não serão mais que uma cláusula (que haverá para lá), tal como por exemplo a obrigatoriedade da sua titularidade, a imposição de não ser substituído, ou a defesa do mesmo por parte da Comunicação do Benfica, sinceramente não sei mas desconfio.

      Uma coisa é por demais evidente, havia um Benfica "antes de Weigl" isso é inegável, há um Benfica "com e depois do Weigl", e há um Benfica "sem Weigl". De entre estes três "Benficas" o "antes de Weigl" é incomparavelmente o melhor, e o "com e depois de Weigl" discute o lugar de segundo melhor com o "sem Weigl", o que embora pareça dar razão aos seus "adoradores", na realidade não dá, pois o Benfica "sem Weigl" normalmente é um Benfica sem dois, três, ou mais titulares habituais, logo sem tanto entrosamento.

      Para terminar que já vai longo, os responsáveis do Benfica têm que pura e simplesmente admitir que se enganaram, o que não é inédito no Benfica nem na "dinastia" que governa o clube, nem em nenhum clube do mundo. Enganarmo-nos pontualmente nas nossas escolhas é algo comum nos seres humanos e mesmo nas organizações, acontece e não é o "fim do mundo". Agora poderá ser o "fim do mundo" (atenção às aspas) se se persistir no engano quando há suficientes evidências de que trata-se-á de um engano.

      Eliminar
    4. O Lage cometeu dois erros crassos: o primeiro de todos foi meter o alemão a jogar. O segundo foi mete-lo a titular mal chegou. Não fez o que fez com o Taraabt por exemplo. Quando puxou o marroquino para a equipa principal o Lage disse que primeiro tinha que ver como é que o grupo o aceitava, e só depois o metia a jogar. Não fez isso com o Weigl e o resto é história.

      Eliminar
  4. Esta última frase que colocaste está a acontecer com o Grimaldo, exatamente assim.
    Ao início quem dissesse mal dele era ridicularizado, depois é porque é um grande jogador. Agora estamos na terceira fase onde aqueles que o defendiam já dizem que ele em 6 anos não evoluiu nada e que tem de sair.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Está a acontecer por 3 razões. Primeiro porque realmente já são muitos anos e é impossivel não ver as suas debilidades. Segundo porque supostamente pertence a denominada grupeta. Terceiro e a mais importante. É mais um escudo para o Weigl. Mais um para culpar. Neste ao menos acertam.

      Eliminar
    2. Houve também um efeito perverso que aconteceu ao Grimaldo com a entrada do Weigl. Com a titularidade deste no meio campo e a "expulsão" dos médios recuperadores, Grimaldo deixou de ter quem compensasse as suas asneiras. Ficaram evidentes a olho nu as suas debilidades. Até nisso o Weigl foi mau, lixou o outro protegido.

      Eliminar