quinta-feira, 25 de maio de 2023

Caro Pedro Pinto

Como deve estar ocupado com todo o trabalho de defesa que tem feito pelo Benfica deixo-lhe aqui uma resposta aos ataques que o Benfica já sofreu após mais uma jornada negra no futebol português.

Ao longo dos últimos anos o Benfica tem seguido uma postura de silêncio deixando as instâncias desportivas e todos os seus agentes fazerem o seu trabalho sem qualquer tipo de pressões. O arquivamento dos processos contra Sérgio Conceição, Vitor Baía e Francisco J. Marques relativamente ao claro condicionamento da arbitragem para as jornadas finais do campeonato e os resultados práticos das mesmas, mostra que não é possível continuar com esta postura enquanto não existir uma regeneração no futebol português.

Depois do condicionamento feito pelo FC Porto tivemos um erro inacreditável na deslocação do Benfica a Chaves que relançou a luta pelo titulo (mais inacreditável ainda a nomeação do mesmo árbitro um mês depois para o jogo que poderia decidir o titulo) e o impressionante número de 7 penalties em 6 jornadas para o FC Porto. Como consequência deste arquivamento, tanto Sporting como Porto já aproveitaram a ocasião para condicionar não só as arbitragens da última jornada do campeonato como também as da próxima época. É por essa razão que nos assiste o direito de defesa a estes ataques.

É que existem muitas razões na jornada 33 para se afirmar que a verdade desportiva foi deturpada mas nenhuma delas é o minuto 94' do derby. Usar, como o Sporting o fez, a palavra unanimidade para descrever a opinião de meia dúzia de pessoas, algumas das quais com motivações duvidosas, é talvez um pouco exagerado. Principalmente vendo que a opinião em transmissões internacionais e até de árbitros internacionais é a de que o lance foi bem ajuizado.

O juízo de lances de arbitragem não se fazem pegando no lance e levando-o de encontro ao quadro legal que nos dá jeito. É pegando nas leis do jogo e aplicando-as aos lances. Um jogador ir contra outro, que está parado e com a bola numa zona completamente diferente da do choque, é capaz de ser um pouco rebuscado para considerar o lance como um fora-de-jogo posicional. Como pedagogia até deixamos aqui alguns exemplos onde, aí sim, a lei teria sido aplicada na perfeição:
Era expectável que estes erros fossem desaparecendo ao longo dos anos mas infelizmente não foi o caso. E como se não bastasse ainda se vêm autênticos exercícios de contorcionismo para enquadrar um lance bem validado, e que é digno dos apanhados por parte do jogador do Sporting, num fora-de-jogo posicional. Na nossa humilde opinião o que o Sporting deveria fazer era analisar o comportamento dos seus jogadores em ambos os golos do Benfica onde a cultura do mergulho e chico-espertismo falou mais alto e permitiu aos jogadores do Benfica ficarem livres de marcação em ambos os golos.

Mas o que se pretende com o exagerado tempo de antena dado a este lance especifico é desviar as atenções do que realmente de muito grave aconteceu nesta jornada, com especial destaque em Famalicão, onde assistimos a um dos mais tristes espetáculos do futebol português. Começou num penalty onde é Otávio que promove o contato com o adversário e não o contrário e terminou num penalty que nem os próprios jogadores do Porto sabiam qual era o lance em questão.

Mas o que devia ter uma atuação contundente por parte dos orgãos desportivos em Portugal é mesmo o segundo penalty. E aqui estamos com Francisco J. Marques. Ocultar lances é muito feio. E foi de forma descarada que Vasco Santos ocultou a Fábio Veríssimo o momento onde a bola saiu de campo antes da mão do jogador do Famalicão. Ocultou ele e ocultou a Sportv que nos 5 minutos em que o jogo esteve parado, e com os jogadores do Famalicão e comentadores a frisarem esse momento, não foram capazes de mostrar UMA ÚNICA repetição.

Não foi assim há tanto tempo, numa cartilha consertada entre comentadores afectos ao Porto e Sporting, alguns jornalistas e até ex-árbitros, que se tentou ferir a honorabilidade da BTV por apenas ter conseguido mostrar 2 ou 3 ângulos num lance onde a bola nem sequer estava presente. Neste caso a bola esteve sempre lá, o jogo esteve parado durante 5 minutos e apenas não as mostraram porque não quiseram.

E o mesmo aconteceu em Alvalade onde em cima do intervalo meia equipa do Benfica pede uma mão de Morita na área do Sporting e das mais de 20 câmeras disponíveis em campo apenas foram mostrados 2 ângulos onde não se consegue esclarecer onde realmente a bola desviou antes de ir para canto. Fica o desafio a Sportv para que esclareça os seus assinantes.

Em Alvalade é preciso também assinalar o lance entre Nuno Santos e Bah aos 52 minutos que demonstra de forma cabal a total dualidade de critérios que se tem verificado nos últimos anos e que leva a que Sporting e principalmente Porto tenham quase o dobro dos penalties assinalados a seu favor do que aqueles que o Benfica usufruiu. Senão vejamos os seguintes penalties já assinalados esta época:
E como Francisco J Marques, na sua mais recente intervenção esteve cirúrgico, seria interessante perguntar a Hugo Miguel qual a diferença entre este lance e aquele que assinalou num Paços de Ferreira vs Porto da última jornada de 12/13 que deu o titulo de campeão ao FC Porto.

É assim desta forma que começamos a pedir mudanças drásticas no futebol português. Mudanças de pessoas que permitiram que o nosso campeonato voltasse aos velhos hábitos que ficaram imortalizados no Youtube como o maior escândalo de corrupção do futebol português.

1 comentário:

  1. A comunicação do Benfica é algo que revolta. É obvio que todo o barulho à volta do golo do Benfica frente aos lagartos é baseado no critério dragarto: só existe contestação porque o golo foi marcado pelo Benfica! E nós nada...

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