https://www.lateralesquerdo.com/2022/02/08/weigl-qualidade-incompreendida/
https://www.lateralesquerdo.com/2022/02/10/lacuna-no-corredor-central-do-benfica/
https://www.lateralesquerdo.com/2022/02/20/este-benfica-nao-sabe-como-reagir-a-perda-da-bola/
3 artigos no espaço de um mês. Não estão com mãos a medir para lhe limpar a imagem. É incompreendido, fica sozinho, os colegas não ajudam... Tal como a comunicação social limpa os roubos descarados semana após semana, aqui no Lateral Esquerdo (LE) limpam a imagem do ouro dos nossos adversários.
Chegam ao ponto de meter videos dos jogos contra Gil Vicente e Boavista que só demonstram como ele realmente é fraquinho. Sempre a 5 a hora. A chegar sempre tarde aos lances. Muitas vezes mal posicionado. Tudo isto com uma narrativa de que tudo o resto é que está mal ali a volta. Mas vamos esmiuaçar só algumas das situações que são apresentadas.
Paulo Bernardo (PB) e Meite sobem a fazer pressão alta. O Gil Vicente é obrigado a colocar longo na frente onde estão 5 jogadores do Benfica para 3 do Gil Vicente e com uma bola de dificil recepção. Conclusão LE. Weigl ficou sozinho no meio-campo. Qual era então a solução? Era PB e Meite fazerem pressão lá a frente e após a bola longa do Gil teletransportarem-se para perto de Weigl porque ficou em extrema dificuldade naquele 5x3 defensivo? Tinhamos de fazer um 7x3 ou idealmente um 10x3?
O Gil Vicente estava a sair pela esquerda com toda equipa do Benfica movimentada para esse lado e muda o flanco de jogo. Movimento que é acompanhado por toda a equipa do Benfica. Conclusão LE. Meite foi atraido e Weigl ficou exposto. De seguida Weigl "cai em cima" do seu homem com a agressividade de um coala, sem fazer qualquer oposição, deixando que a bola seja colocada facilmente no centro. Conclusão LE. Weigl foi atraido e ficou o espaço interior para explorar. Posteriormente Meite (para o LE já não ficou exposto agora que foi a vez de Weigl ser atraido) fecha o centro e recupera a bola. LE corta lance nesse momento pois alguém a usar o fisico na recuperação de uma bola não são coisas para se ver.
Neste lance o Benfica perde uma bola quando estava completamente balanceado para o ataque. E enquanto Meite acompanhou a subida da equipa e já lá estava a pressionar o médio do Gil e a obriga-lo a virar para um flanco (onde Weigl devia depois cair), Weigl estava ainda cá atrás junto aos centrais a fazer um 3x1. Aqui o LE parece ser da mesma opinião.
Ultimo lance deste jogo e temos Meite e Paulo Bernardo a fazerem pressão. A bola é metida para o meio onde Weigl está a mais de 3 metros do adversário que aparece na sua zona. Deixa-o receber e ficar de frente para a nossa baliza com tempo até para meter alguma bola nas costas da defesa. Para o LE houve espaço para criar no meio porque Meite e Paulo Bernardo foram atraidos e não porque Weigl deu esse espaço ao jogador que recebeu a bola.
Indo para o jogo contra o Boavista. Neste primeiro lance Weigl em vez de encostar ao jogador do Boavista assim que Everton sai do primeiro drible (e se percebe que vai perder a bola) fica parado e deixa o jogador do Boavista receber, rodar e ir para cima dele. Pior do que isso é que em vez de o encaminhar para a linha dá-lhe o meio. Para o LE o Weigl foi obrigado a fazer falta para travar uma transição quando podia ter até feito a falta com o adversário de costas para a nossa baliza.
Depois de um remate de Grimaldo (disparatado) a bola fica solta, com Weigl a ser o elemento mais próximo da mesma. Entretanto o jogador do Boavista ganha em velocidade e ele faz falta. Para o LE foi obrigado outra vez a recorrer a falta. Não teve nada a ver com a sua lentidão.
Benfica perde a bola no ataque. Quando a bola chega ao jogador do Boavista só um jogador deles está a frente da linha da bola contra 5 nossos. Weigl é o jogador mais perto da zona e em vez de cair em cima do adversário fica a espera, deixa o jogador rodar e fazer 1x2 com um colega. Aborda todo o lance com uma atitude miserável. Para o LE foi a falta de frescura fisica e a reacção a perda que não foi preparada. No global claro. Não foi do jogador que devia ter saido logo na pressão.
Um lance semelhante ao anterior. Mesmo com o esforço do Taarabt a conseguir abrandar a saida para o contra-ataque, Weigl não caiu em cima do adversário, levou com ele de frente, foi papado e em 30 metros o jogador do Boavista ganhou-lhe 10. Foi como se não estivesse ali ninguém. Para o LE foi a equipa que ficou partida e o corredor central estava despovoado. Pois. Foi como se não estivesse ali ninguém. Mas estava.
Ups. Escapou-lhe um nas costas...
E aqui ficam alguns lances escolhidos para ilibar Weigl mas que não são mais que a constatação que as equipas adversárias estão constantemente a conseguir furar a nossa pressão pela sua zona (é verdade que também conseguem por outras zonas). Está sempre longe das jogadas, chega sempre atrasado, perde todos os despiques em velocidade e não ganha um lance no corpo a corpo.
Jesus durante uns meses fez o melhor possivel para o disfarçar. Colocou os centrais a fazerem de trincos. Retirou-o de todas as zonas onde tivesse de disputar duelos. E até em jogos como o do Bessa colocou 2 jogadores a 1 metro dele (lembram-se do jogo em Famalicão?). Em termos puramente taticos ter conseguido o que conseguiu com Weigl em campo foi dos melhores trabalhos de Jesus. Infelizmente nunca o tirou da equipa mesmo não gostando dele e obviamente quando o nivel dos adversários subia não era suficiente. Hoje dizem que Weigl está exposto neste sistema mas na realidade antes é que era protegido. Parece que não mas é uma grande diferença.