sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Nostalgia

Ao ver ontem os dois peidinhos de Grimaldo para o guarda-redes quando estava sozinho na entrada da área lembrei-me disto.


Não só deste como do golo da vitória no Bessa, outro golo em Moreira de Cónegos a virar o resultado, a assistência para Jimenez nos quartos-de-final da Champions, etc.

Eliseu aparecia em momentos dificeis. Fazia o seu papel de inicio ao fim, estivesse 0-0 ou 5-0. Já Grimaldo faz lembrar um miudo pequeno na escola que quando há porrada fica atrás dos colegas a espera que os outros estejam no chão para lá ir dar um pontapé. Já se um colega estiver num canto a levar porrada faz de conta que não é nada com ele.

Grimaldo é isto. Ontem não esteve directamente ligado a nenhum golo sofrido mas quando foi preciso ir fazer a dobra aos seus colegas no segundo golo ficou a 2 metros do homem que rematou em vez de cair em cima dele.

Mas a imagem perfeita de Grimaldo acontece numa perda de bola em que Cervi cai. Grimaldo, uma dezena de metros atrás do lance ficou de braços abertos a pedir falta. O Shakhtar saiu para o contra-ataque pelo nosso lado esquerdo e ambos desaparecem do ecrã. Passado um pouco aparece no ecrã um jogador a fazer um pique para ocupar o lugar de defesa-esquerdo. Era Cervi que mesmo no chão e mais de uma dezena de metros antes de Grimaldo chegou lá primeiro. Grimaldo apareceu no meio (!!!) segundos depois a recuperar a passo.

E já são anos disto, sem perspectiva de que algo mude porque ninguém vem cá buscar um jogador destes. Nem por 30, nem por 20 e muito provavelmente nem por 10. Já chega disto. Se Nuno Tavares serviu para jogar na Supertaça fora da sua posição também tem de servir para começar a ser lançado na sua posição. Como as coisas estão, meter o miúdo já nem sequer é arriscar porque pior não fica. E pelo menos damos oportunidade para que ele cresça.

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