domingo, 28 de outubro de 2018

É urgente mudar

Antes do que vou escrever tenho a dizer que acho asqueroso o que a imprensa portuguesa e muitos benfiquistas andam a fazer a Rui Vitória. O homem merece respeito pelo que já conquistou no Benfica e por ser dos poucos que tenta dar uma imagem civilizada do futebol português.


Mas passando ao que interessa. No final do jogo de ontem Rui Vitória disse o que já todos estavam a espera. O problema foi a eficácia (entre a conversa do bom pai de familia e afins que sinceramente caro Rui Vitória nenhum Benfiquista duvida disso mas não quer saber).


Mas discordando de si Rui Vitória o maior problema de ontem não foi os golos que falhamos. O maior problema foi os 2 golos que sofremos e os outros 3 que o Belenenses ainda falhou.

O problema do Benfica foi levar outros 2 em Chaves.

Foi levar 2 na Grécia com o AEK quando tínhamos tudo para ter uma noite tranquila.

Foi levar 2 em casa com o Guimarães depois de estar a vencer por 3-0.

E ainda na pré-época levar em 45 minutos 2 com o Borussia ou 2 com o Lyon e ainda poder ter levado mais.

E na época passada?

Foi levar 2 em poucos minutos com o CSKA após termos marcado depois de 60 minutos a pressionar o adversário.

Foi levar 2 no Bessa com o jogo controlado.

Foi entrar no jogo em Basileia a perder por 2-0 e acabar com 5 já depois de uma expulsão.

Foi empatar 2-2 com o Portimonense no estádio da Luz para a Taça da Liga depois de estar a ganhar por 2-0.

Foi levar 2 em poucos minutos com o Rio Ave para a Taça.

Foi levar 2 em 10 minutos em casa com o Tondela e perder por 3-2.

E na época do Tetra?

Foi levar 3 golos em poucos minutos em Napoles e acabar a perder por 4-0.

Foi empatar 3-3 com o Besiktas depois de estar a ganhar por 3-0.

Foi sofrer 3 golos do Moreirense na Taça da Liga em menos de 20 minutos quando vencíamos por 1-0.

Foi sofrer 3 golos em casa com o Boavista depois de 25 minutos de jogo (apesar de todos irregulares).

Foi sofrermos 3 golos em casa com o Estoril para a Taça e ficarmos próximos de ser eliminados.

E foram muitos outros jogos em que perdemos completamente o controle do jogo e os nossos guarda-redes ou a ineficácia dos adversários não nos trouxeram mais dissabores.

E quer uma pista de quanto tudo isto começou?

Foi entre outras coisas quando se achou que Pizzi podia ser um número 8. Um jogador que defensivamente não ganha uma bola dividida, não aguenta um choque, não ganha uma bola de cabeça e nem uma falta para amarelo é capaz de fazer. É este o jogador que se espera que equilibre a equipa.

E atenção que eu não quero estar aqui a dizer que Pizzi não vale nada ou não deve jogar. A verdade é que Pizzi é um extremo. Jesus achou mal que ele podia ser um 8 e Rui Vitória achou bem na primeira época que o devia devolver ao lado direito.

Entretanto a meio da época do Tetra Rui Vitória voltou a metê-lo no meio e uma vantagem de 7 pontos com o Porto quase se tornou em desvantagem antes do clássico. Desde essa altura a cada jogo que passa, principalmente fora de casa, os jogos tornam-se numa agonia. A cada jogo que passa a mentalidade de campeão vai desaparecendo. Os adeptos vão deixando de acreditar e pior que isso a equipa parece que também não já acredita em si própria porque sabe que a qualquer momento pode sofrer um golo.

Depois vem o outro problema. A aposta cada vez maior em jogadores com uma mentalidade fraca e/ou fracos fisicamente. Com o expoente máximo em Grimaldo a custa de quem sofremos golos atrás de golos em jogos importantes e que mesmo assim é um indiscutivel.

Portanto caro Rui Vitória, ou muda agora ou então deixa de ser a solução e o Benfica é que tem de mudar. Está a tornar-se insustentável o clima de desconfiança a volta da equipa. O Benfica não pode continuar a "morrer" lentamente e a cultura de vitória não pode desaparecer.

4 comentários:

  1. Deixa ver se percebo. O que dizes é que o Benfica não devia sofrer golos, que os adversários deviam ser todos totalmente neutralizados.
    Vives numa realidade paralela? O que andas a fumar?
    O que queres não é futebol. É outro tipo de desporto.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Cá para mim, não percebeste patavina do que o autor quis dizer nas entrelinhas. E também não percebes nadinha o que é o Benfica. O PluribuUnunm7 que te explique, se quiser.

      Eliminar
    2. É claro que vamos sempre sofrer golos. Mas não é normal uma equipa como o Benfica, em jogos contra equipas muito mais fracas e outras ao nosso alcance, perder completamente o controlo dos jogos ao ponto de sofrer 2 e 3 golos em poucos minutos. E noutros jogos isso não acontecer apenas porque os adversários falham golos ou o nosso guarda-redes está em dia sim. Não podemos pensar que levamos 2 golos do Belenenses em 5 minutos e estivemos quase a sofrer outros tantos no final só por azar.

      Quando o Renato Sanches estava na Benfica isto acontecia? Tivemos algum jogo que levássemos 2/3 golos no espaços de 15, 20 ou 25 minutos? E nessa altura até jogávamos com os mal amados André Almeida e Eliseu a laterais.

      Para além disso marcávamos golos atrás de golos. E sabes porquê? Porque em vez de ser o Fejsa e os centrais a desgastarem-se a correr a fazer constantemente as dobras ao Grimaldo e ao Pizzi eram os adversários que tinham de correr atrás de nós. Aquele meio campo era uma muralha.

      Ainda na época passada apenas por uma vez Pizzi não jogou no meio. Foi em Alvalade que jogamos com o Fejsa e o Samaris lado a lado e foi dos nossos melhores jogos. Dos jogos mais consistentes. E jogámos com o Douglas a defesa-direito. Também nos fartámos de falhar golos nesse jogo mas não perdemos. Porque não os deixamos ter nada.

      Tu olhas agora para a equipa e achas possível conseguir 12 vitórias consecutivas como fizemos? Achas possível bater o recorde de vitórias seguidas fora de casa como nós fizemos?

      Mas eu talvez volte a fazer mais posts sobre este assunto ainda esta semana.

      Eliminar
  2. Nem sempre se pode ganhar, mas perder muitas vezes com opções como se estive-se como treinador do Guimarães, nao e nao o BENFICA tem que ganhar muito e perder deves em quando.

    ResponderEliminar