Grande noite de resistência. A jogar em 4-4-1 fomos obrigados a jogar praticamente os 90 minutos em 30 metros do campo mas conseguimos voltar a segurar-nos em mais um jogo de Liga dos Campeões. A verdade é que esta é a única forma em que esta equipa se sente confortável a jogar. Temos 2 centrais com a experiência de Otamendi e Vertonghen. O facto de estarmos a jogar num bloco tão baixo não deixa espaços entre a defesa e o meio-campo e não sofremos contra-ataques. E na frente temos 2 jogadores fora de serie que permitem mesmo assim esticar o jogo e tornar-nos perigosos (hoje nem foi o caso).
O problema deste Benfica é quando tem de se estender no campo. Quando os centrais ficam com vários metros nas costas. Quando temos de ter um trinco para parar contra-ataques e cobrir mais do que o metro quadrado que ocupa. Quando a equipa tem de arriscar mas não sente a confiança necessária no que tem nas suas costas no caso de perder a bola.
Gilberto, Meite e Darwin são 3 dos patinhos feios do Benfiquismo e mais uma vez mostraram o problema de mentalidade que atravessamos. São talvez as 3 melhores contratações do Benfica nos últimos anos na relação qualidade / preços, Mas curiosamente são dos jogadores mais atacados pelos adeptos.
Meite nos proximos jogos será o novo menino bonito do Benfiquismo. Tal como foi João Mário, Paulo Bernardo e até Taarabt após ter salvo aquele jogo contra o Santa Clara e ter feito 2 ou 3 bons jogos a seguir. Enquanto Meite tiver força e paciência para puxar o meio-campo sozinho será acarinhado. No dia em que não o conseguir voltará a ser o alvo.a abater e talvez um João Mário recupere a aura neste ciclo de destruição / ressurreição de centro-campistas.
Fica a enorme alegria deste momento no meio dos ultimos anos de um autêntico filme de terror. Tal como aquela eliminação do Liverpool em 05/06 são estes momentos que nos dão esperança de as coisas poderem melhorar no futuro. São estes momentos que mantêm a chama acesa.
Boas, belo apuramento e boa vitória (mais com sorte do que com mérito, mas também com mérito).
ResponderEliminarPegando na frase: "Tal como aquela eliminação do Liverpool em 05/06 são estes momentos que nos dão esperança de as coisas poderem melhorar no futur"; se a memória não me estiver a trair, e sem querer perder tempo a ir ao Google, desde o ano 2000 (o Benfica "moderno"), esta será a terceira vez que chegamos aos Quartos-de-final da Champions (corrijam-me à vontade), 2006, 2016, e 2022. Em 2006 ainda éramos campeões ao fim de 11 anos (de 1994 a 2005), e só voltámos a ser campeões 4 anos depois (em 2010). Em 2016 éramos bi-campeões pela primeira vez em mais de 30 anos (a anterior tinha sido em 83 e 84), e voltámos a ser campeões nessa época e na seguinte conseguindo o nosso único Tetra de sempre.
Curiosamente temos aqui dois cenários bastante diferentes. Num um Benfica regressado aos sucessos nacionais em termos de troféus oficiais ao fim de 8 épocas (conquistámos troféus oficiais nas temporadas 03/04, 04/05, e 05/06 (ainda em Agosto de 2005, a Supertaça), e depois voltámos a um "mini-jejum" que terminou na época 08/09, estivemos duas épocas sem troféus (épocas 06/07 e 07/08), mas cerca de três anos e meio sem troféus (Supertaça em Agosto de 2005, e Taça da Liga em Abril de 2009). No caso de 2016, éramos bi-campeões como disse e ainda iríamos ser campeões nessa época e na seguinte (conquistando um inédito Tetra), na terceira de sete épocas sempre a conquistar troféus, ou na oitava de dezasseis épocas em que conquistámos troféus oficiais em 15 delas.
Portanto, se num dos casos tínhamos um Benfica que parecia querer renascer, no outro tínhamos um Benfica efectivamente renascido... no caso actual temos um Benfica moribundo para ser exacto. Estamos perante um Benfica que terminará a sua terceira época consecutiva sem um único troféu oficial, algo que aconteceu pela última vez em 2003 naquela que foi a sétima época sem um único troféu oficial (o auge do Vietname). Não direi que estamos num Vietname, mas temos aqui uma "Coreia" e esperemos que nos fiquemos por aqui.
Se em 2006 ajudou-nos a sonhar, e se em 2016 contribuiu para vivermos o sonho, esperemos que em 2022 isto nos ajude a acordar do pesadelo.
Tivemos ainda o ano de 2012.
EliminarEu bem gostava que abrissem os olhos mas com esta malta não acredito. Espero estar enganado mas tenho um feeling que neste verão vão acabar com o resto.
Pois é, perdemos com o Chelsea. Sensivelmente a meio de entre 2005 a 2016, e reforçando a ideia de que estávamos a reerguer-nos nessa fase, pois essa época foi a quarta consecutiva em que conquistámos troféus oficiais (de 2009 a 2012). É certo que nessas 4 épocas estão 3 em que só ganhámos a Taça da Liga, algo que não existia até 2008, e que provavelmente se existisse entre 95 e 2004 não teríamos ficado tantos anos sem troféus oficiais, mas o que é verdade é que houve Taças da Liga entre 2016 e 2022 e nós só nesta época é que voltámos à Final, e uma vez mais não conquistámos o troféu. Também podemos pegar no caso do Porto que em 16 edições da Taça da Liga o máximo que consegui foram 4 finais perdidas. Em todo o caso é factual que desde que existe a Taça da Liga, apenas em 3 (mas quase de certeza 4) épocas não tivemos troféus oficiais: 2007/2008 (uma época de merda em que acabámos em 4º), 2012/2013 (uma época quase de sonho), 2020/2021 (a primeira época fora dos 2 primeiros lugares em 12 anos), e muito provavelmente 2021/2022.
EliminarSe nas 2 primeiras épocas em que nada ganhámos há um intervalo de 5 anos, e uma delas até foi uma época bastante positiva que só pecou na recta final, agora vamos ter (quase de certeza) 2 épocas consecutivas sem troféus, e provavelmente também fora dos 2 primeiros lugares do Campeonato.
E há aqui obviamente uma curiosidade que gostemos ou critiquemos mais ou menos, talvez não devamos dissociar, a chegada de Weigl ao Benfica, a forma como entrou na equipa titular, e o estatuto que lhe tem sido dado no plantel. Penso que é evidente que me furto a responsabilizar o atleta de tudo de negativo que tem acontecido nestes últimos cerca de 5 anos, mas há aqui outros elementos que também me levam a não pensar que isto seja só fruto do acaso e da coincidência. O Weigl não é nem pouco mais ou menos a causa de todos os nossos problemas nestes últimos dois anos e meio, mas ele é também um dos problemas, ou pelo menos a materialização de alguns deles.
Obviamente que não foi o culpado de tudo. Se não existissem outros problemas o impacto negativo que teve nunca ia ser tão grande. Mas foi ali que tudo quebrou. Foi ali que nos perdemos. Deviamos ter logo voltado para o sitio de onde vinhamos e que conheciamos. Mas continuamos a seguir sempre em frente a dizer que sabemos o caminho e a atirar peças que dão jeito borda fora para poupar no combustivel. Vai ser até ao dia em que este se acabar e já não der para voltar para trás.
EliminarEpa, que jogão de Meitè. Entrou e o Ajax quase secou.
ResponderEliminarQue equipa tería o Benfica se o nosso meio campo fosse Meitè+Taarabt.
Que jogão dos 2 jogadores que os benfiquistas "de bem" queríam queimar, Gilberto e Meitè, não são jogadores finos, logo não servem, afinal são só competitivos, não têm fio de jogo!
Só de pensar que podiamos ter um meio campo Gabriel+Meitè, Meitè+Taarabt, Gabriel+Taarabt, Florentino+Meitè, Gabriel+Florentino ou ainda adicionar a estes Renato Sanches e o Paulo Bernardo podería estar a entrar na equipa com um destes meios campos, enfim...
O Benfica no proximo ano podia ter Meite, Gabriel, Florentino, Taarabt, Rafael Brito, Paulo Bernardo e ainda João Mario a jogar na direita como fez no melhor ano da sua carreira no Sporting. Tudo isto sem gastar dinheiro nenhum e a livrarmo-nos do maior encargo salarial do plantel. Se ainda conseguissem um Al Musrati então era dos melhores meios-campos dos ultimos anos. Era tão simples e ficavamos tão mais fortes do que estamos agora. O que eu gostava de ver a dupla Gabriel / Meite.
EliminarIsso seria quase um meio-campo não direito de sonho, mas teoricamente seria um meio-campo que daria garantias. Mas esqueçam essa ideia, temos uma das melhores contratações da história do Benfica para "pôr na montra", algo que já é um clássico destes últimos anos do Vieirismo. E Vieirismo sim, porque o Rui Costa é apenas um interino.
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