Páginas

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Sem paninhos quentes

Vitórias morais? Não Obrigado.

E vou até começar por aí. Foi talvez o Benfica - Porto onde vi o Benfica criar mais oportunidades. Foram muitas e apareciam com bastante facilidade. Mas este foi de longe o pior Porto que eu vi a jogar na Luz. Uma equipa que por si só tem muitas limitações e que ainda vinha completamente destroçada psicologicamente. Ainda por cima tivemos mais 2 dias do que eles para preparar o jogo. NUNCA mas mesmo NUNCA podíamos ter perdido este jogo.

Por muito que agora se diga que a jogar assim ainda vamos lá, eu digo já que não vamos. Se Rui Vitória for para Alvalade jogar desta forma vamos ser engolidos pelo meio campo do Sporting como fomos muitas vezes engolidos hoje pelo do Porto. Se Rui Vitória começar a desmontar a EQUIPA que criou nos últimos 2 meses e o levou à liderança vai arrepender-se.

Os pilares que levaram o Benfica a chegar ao primeiro lugar foram Fejsa, Renato, Pizzi e Carcela. Foi com estes homens (principalmente os 3 primeiros) que fizeram com que a equipa ganhasse consistência em jogos a doer como foram em Braga, Nacional ou Guimarães. E foi com Carcela a titular que o bom futebol começou a aparecer a partir do jogo com o Maritimo em casa.

Rui Vitória já começou a desmontar esse quarteto com o regresso de Gaitan. Gaitan continua no Benfica por uma razão muito simples. Nenhuma grande equipa quer um jogador destes. Um jogador que pouco defende e quando o faz é sem intensidade, um jogador que para fazer um lance bonito perde a bola noutros 9. Um jogador que não é objetivo. Um jogador que aborda maior parte dos lances de forma displicente. Hoje, tal como no Dragão, até fugia do amigo Maxi. E aí está espelhado muito do caráter competitivo de Gaitan. Naqueles 90 minutos não pode haver amigos. Tal como não pode existir Gaitan versão champions e Gaitan versão campeonato.

Depois é a forma de ler o jogo de Rui Vitória. Como é possível não ter feito nada nos 10 minutos anteriores ao segundo golo do Porto em que Samaris já não corria. Só os acompanhava com os olhos. Era uma clareira enorme o meio campo do Benfica. Durante esse tempo o Benfica defendia com 6 jogadores. Com os 4 defesas, Renato e Pizzi. Samaris estava lá mas já não tinha capacidade para ir a nenhuma bola. Gaitan andava lá pela frente chateado por assobiarem o seu amigo Maxi. Então com as substituições ficou à vista que está de volta o nacional porreirismo ao Benfica (esta expressão é bastante usado por um dos bloguers que mais gosto tenho em ler). Em campo ficou a estrela Gaitan que estava 0 e saiu o jogador mais completo Pizzi que estava a fazer um bom jogo. Mais tarde entra Salvio para o lugar de Eliseu com Gaitan a defesa esquerdo. Ficou no ar um cheirinho de que Pizzi vai ser encostado em breve e se isso acontecer a equipa vem por aí a baixo.

Hoje fiquei com a clara sensação que não seremos campeões. Vai ser preciso Fejsa e vai ser preciso colhões por parte de Rui Vitória para meter os MELHORES que servem a EQUIPA. Quando for a Alvalade aconselho Vitória a recordar o campeonato de 93/94 e principalmente o 6-3 em Alvalade. Que vá ver quem ficou de fora nesse jogo e qual era a equipa inicial. Pode começar por perguntar ao Rui Costa e talvez aí perceba melhor porque é que em 5 jogos contra Porto e Sporting perdeu os 5. E no único que empatou depois dos 90 minutos veja qual foi a equipa que utilizou. Não caro Rui. Não é só azar ou jogos atípicos. Percebo que o diga aos adeptos mas aí dentro de casa está na altura de corrigir os erros destes jogos.

8 comentários:

  1. Até que enfim! Alguém vê o que eu vi!

    Viva o Benfica!

    ResponderEliminar
  2. E O RENATO?

    O Renato tão depressa fazia uma boa jogada como a seguir recuava A PASSO, sem qualquer intensidade, sem qualquer preocupação em defender e equilibrar a equipa.

    Até te digo mais: muito do desgaste que falas relativamente ao Samaris se deveu ao facto de ser muitas vezes Samaris contra 2 ou 3 do FCP e o Renato A PASSO, sem agressividade defensiva nem posicionamento correcto.

    O Renato devia ter sido claramente instruído sobre o que é um jogo GRANDE... num jogo destes não pode andar a desperdiçar energia em correrias loucas e depois defender a passo.

    Viste o lance do primeiro golo? Samaris foi o médio que baixou (movimento normal do trinco) e Renato seria o segundo médio, aquele que ficaria mais à frente da defesa, a equilibrar... o que é que o Renato fez? O Renato ficou à entrada da área, parado, a defender com os olhos, sem perceber que o Herrera estava ali pronto a receber a bola e a enquadrar-se com TODO o tempo do mundo. Quem é que ainda tentou correr para o Herrera? O SAMARIS!!! O Renato só ficou a olhar, num posicionamento em que não trouxe NADA à postura defensiva daquele lance.

    Basicamente o Renato optou por se limitar a FAZER NÚMERO na defesa, sem realmente defender, sem realmente ser agressivo... e depois estava claramente na expectativa de que o Benfica recuperasse a bola para ele então PODER BRILHAR... o gajo esteve o tempo todo do jogo à espera de bilhar a ATACAR em vez de se preocupar primeiro em BRILHAR A DEFENDER.

    RESULTADO: O Samaris andou ali feito louco, a apagar fogos, para depois o Renato receber a bola redondinha e se poder esticar lá prá frente.

    Num jogo grande, foi fatal!

    Tivesse o Renato optado por uma postura mais cautelosa, de descansar quando a equipa ATACAVA, em vez de descansar quando a equipa defendia, e provalmente não sofreríamos o primeiro golo, nem o segundo.

    O Renato quis usar o cabedal para mostrar que é forte a proteger a bola, mas esqueceu-se de usar o cabedal para recuperar a bola.


    Então, foram três médios portistas, mais um ou dois avançados, contra 5 do Benfica: os defesas e Samaris.
    Renato, tal como Gaitan, andaram ali a pouco defender.

    Depois, naquele jogo partido, o cansaço causado pelos primeiros 50/60 minutos foi fatal à equipa que mais desprotegida jogou.

    Quando chegou o momento em que se viu que o FCP estava a criar perigo, RVitória não mexeu, esperou mais 10 minutos e depois sofreu o 2 a 1.
    Nessa altura, pelos 55 minutos, era momento de ESTANCAR aqueles ataques do FCP, acalmar o jogo, controlar, e depois tentar ganhar mas acima de tudo não perder.
    O Empate teria sido um resultado bastante aceitável, que manteria o FCP a 5 pontos, e que não daria alento relevante ao SCP, que no máximo ficaria com 2 pontos de vantagem.

    Assim, ressuscitámos o FCP e o SCP... porque quisemos ganhar sofregamente, em todos os momentos do jogo.

    O Trapattoni teria feito falta ontem... "quando não podes ganhar, não percas".

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. No lance do 1º golo quem falhou foi o Pizzi; q, aliás, tb falhou no 2º perdendo a bola infantilmente numa saída ofensiva...

      Eliminar
    2. Concordo com muito do que disses-te. Obviamente que Samaris estava arrumado aos 55 minutos porque correu demais durante esse tempo. O Renato desgasta-se muito desnecessariamente. Corre muito com bola. Mas aí é proprio da idade e tem de ser Rui Vitória a dar-lhe as indicações necessárias. Para mim num dos melhores jogos desta época em Braga Fejsa e Renato ficaram fixos no meio. Recuperavam bolas e entregavam. Mas quanto a mim Samaris parece sempre que nunca chega a tempo aos lances. Chega atrasado, tem de virar e depois ir atrás deles. Com Fejsa isso não acontece. Fejsa para mim é um monstro no meio-campo. Tanto a ler o jogo como na forma como desarma os adversários. Pode não ser tão bom a entregar a bola como Samaris mas a equipa nestes jogos a doer precisa de um 6 puro.

      Depois o que dizes aos 55 minutos foi evidente demais. No estádio sentia-se naquele momento que podiamos acabar por sofrer um golo. Naquela altura tinha de ser refrescado o meio-campo.

      E o que tu dizes no final é o maior problema de todos. O que me preocupa mais neste jogo nem foram os 3 pontos perdidos. Foi a vida que demos a Sporting e Porto. E hoje já se notou no Sporting. De uma equipa que andava a tremer com a nossa aproximação e principalmente com a força que estavamos a demonstrar voltaram a ter animo.

      A chave vai passar por aquele jogo em Alvalade. Nesse jogo é preciso saber lá ir jogar. Sem olhar a nomes. Só a olhar para o que é melhor para o BENFICA.

      Eliminar
  3. Caros amigos benfiquistas Concordo com a vossa analise. Este jogo entra para a historia como se desperdica uma goleada e consegue-se perder, pelos motivos que elencaram, mas n me lixem ter 8 ocasioes Claras de golo e falhar...para la da incompetencia tem um forte factor de sorte

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu percebo que podiamos não estar a falar no que estamos a falar se elas tivessem entrado. Mas não entraram e houve momentos depois que não conseguimos contrariar o meio-campo do Porto. Nessa altura tinhamos de voltar a recuperar o meio-campo e tentar depois voltar à carga.

      Eliminar
  4. Nada disso; nem Rui Vitória, nem Gaitan, nem Renato, nem sequer Pizzi - só ouve 1 jogador q falhou - chama-se Mitroglou, qd falhou o 2º golo de baliza aberta... tudo o resto são pinars.

    Na 3ª vamos resolver a eliminatória c/ o Zenith e tudo o q de menos bom aconteceu ontem será esquecido.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas eu não quero que o que aconteceu na sexta seja esquecido. Eu espero que seja uma grande lição. Tenho esperança até que tenha sido algo divino para que não cheguemos a Alvalade novamente com 2 avançados porque sei que se tivéssemos esmagado o Porto era o que ia acontecer.

      E o que me continua a dar alento é que os sapos incham muito facilmente. Basta neste momento entrar o record online. Um verdadeiro circo. Que ninguém lhes diga que ainda falta 12 jornadas. Espero que eles o percebam da forma mais dura possível.

      Eliminar